Mulher mata ex-marido a tiros na cabeça em Mogi Guaçu após sofrer violência doméstica

 Um homem de 64 anos foi morto com dois tiros na cabeça pela ex-mulher na madrugada do último sábado (13), em uma chácara na Estada Municipal Vicente Ortiz de Camargo, em Mogi Guaçu. A mulher, que não teve sua identidade revelada, alega ter agido em legítima defesa, após sofrer violência doméstica do ex-companheiro.

Segundo informações da Polícia Militar, a mulher acionou a corporação e relatou que na sexta-feira (12), havia tentado retirar seus pertences da casa do ex-marido, o que o teria irritado. Na ocasião, ele teria dito que dificultaria o processo de divórcio e que a mataria.

Horas depois, na madrugada de sábado, os dois teriam iniciado uma discussão, que evoluiu para agressão física por parte do homem. A mulher relata ter sido agredida com coronhadas na cabeça e nas costas, além de ter sido amarrada com uma corda no pescoço.

Ainda em depoimento, a mulher afirma que conseguiu se desvencilhar do agressor, pegar um revólver que estava na casa e efetuar os disparos que o vitimaram. O homem foi encontrado morto na cozinha da residência pela equipe da PM.

Durante a perícia no local, a PM encontrou três espingardas, uma espada, dois revólveres carregados, 68 cartuchos e 49 munições. Todas as armas estavam sem documentação e foram apreendidas.

O caso será investigado pela Polícia Civil de Mogi Guaçu, que apurará as circunstâncias do crime e definirá se a mulher agiu em legítima defesa.

Legítima defesa:

A legítima defesa é um direito previsto no Código Penal Brasileiro, que permite à pessoa repelir uma agressão injusta, atual ou iminente, desde que utilize os meios necessários e proporcionais à defesa. No entanto, cabe à Justiça analisar cada caso concreto para determinar se os requisitos da legítima defesa foram de fato cumpridos.

Violência doméstica:

A violência doméstica é um crime grave que afeta milhões de mulheres no Brasil. Se você está sofrendo violência doméstica, procure ajuda. Você pode ligar para a Central de Atendimento à Mulher no número 180 ou denunciar o crime em uma delegacia de polícia.

Lembre-se:

• Você não está sozinha.
• Você tem direito a uma vida livre de violência.
• Existem pessoas que podem te ajudar.