O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, liderado por republicanos, criticou nesta quinta-feira (16) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que barrou a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à posse de Donald Trump, presidente eleito dos EUA.
Em publicação nas redes sociais, o Comitê descreveu Bolsonaro como "amigo da América" e "patriota", declarando que ele deveria ter permissão para participar da cerimônia em Washington, marcada para a próxima segunda-feira (20).
Na decisão, Moraes reafirmou a negativa de devolver o passaporte de Bolsonaro, justificando a medida com base em um possível risco de evasão para evitar eventuais punições legais. A decisão seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não identificou "interesse público" que justificasse a flexibilização da restrição.
De acordo com o chefe do Ministério Público Federal, Paulo Gonet, a viagem teria apenas caráter "privado" e não seria "imprescindível". Bolsonaro, que é investigado em casos relacionados ao suposto crime de tentativa de golpe de Estado, já teve pedidos semelhantes negados em outras ocasiões pelo STF.
A polêmica envolvendo a restrição foi amplificada pela repercussão internacional, com aliados de Bolsonaro no Brasil e nos EUA defendendo sua presença no evento como símbolo de apoio mútuo entre os dois líderes conservadores.
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