Nesta quinta-feira (16), o Ministério da Fazenda solicitou à Polícia Federal (PF) que investigue o uso indevido do CPF do ministro Fernando Haddad. A denúncia aponta que o número do documento foi compartilhado em grupos de aplicativos de mensagens, acompanhado de orientações para utilizá-lo em notas fiscais fictícias.
O ministério recebeu, via e-mail, a denúncia de que um usuário, supostamente localizado na Bahia, estaria divulgando o CPF de Haddad em redes de troca de mensagens. O responsável ainda incentivava participantes dos grupos a utilizarem o número em notas fiscais para simular gastos pessoais do ministro.
O objetivo seria criar falsos registros de movimentações financeiras, colocando o ministro na mira da Receita Federal.
O caso surge no mesmo dia em que o Governo Federal anunciou a revogação de uma norma que alterava a fiscalização de transações financeiras. A medida previa monitoramento de transferências mensais acima de R$ 5.000 realizadas por pessoas físicas.
Após repercussões negativas e a disseminação de notícias falsas, que apontavam para uma possível taxação do Pix, o governo voltou atrás. Vídeos divulgados por políticos da oposição foram apontados como responsáveis por inflamar as redes sociais sobre o tema.
Até o momento, o Ministério da Fazenda não emitiu declarações públicas sobre o caso, limitando-se a formalizar o pedido de investigação à PF. A denúncia coloca em evidência a necessidade de combate a ataques digitais e desinformação, especialmente contra figuras públicas.
A Polícia Federal deverá iniciar a apuração para identificar os responsáveis pela divulgação do CPF e possíveis prejuízos causados ao ministro.
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