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Alcolumbre rejeita anistia para condenados do 8 de janeiro e defende pacificação política

Novo presidente do Senado afirma que pautas ideológicas não serão prioridade e reforça compromisso com a estabilidade institucional

03/02/2025 às 10h55 Atualizada em 03/02/2025 às 11h17
Por: VV8 REDAÇÃO Fonte: Hora Brasília, GloboNews
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Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), descartou a possibilidade de anistia para os condenados pelos atos extremistas de 8 de Janeiro, ocorridos em 2023. Em entrevista à GloboNews no último sábado (1º de fevereiro de 2025), ele afirmou que o tema não será uma prioridade em sua gestão e destacou que “não permitirá que questões político-eleitorais e ideológicas contaminem o debate no Parlamento brasileiro”.

Alcolumbre enfatizou que a anistia não contribuiria para a pacificação do país. “Se continuarmos trazendo à tona assuntos que geram discórdia em vez de concórdia, veremos senadores de diferentes partidos se agredindo nos corredores do Senado. Não precisamos debater os extremos”, declarou. O senador também negou que o assunto tenha sido discutido em sua recente conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o diálogo foi focado na busca por uma pacificação política, sem imposições de pautas por parte do PL ou do governo Lula.

Definindo-se como um político de centro, Alcolumbre ressaltou que pretende atuar como mediador entre os Poderes da República. “Quero ser um elo de ligação para evitar novas crises institucionais. Quando um Poder acha que é maior que o outro, criamos instabilidade”, explicou. Ele também reforçou que sua gestão será dedicada ao fortalecimento do Legislativo, garantindo o respeito às prerrogativas de cada Poder. “Vou respeitar todas as atribuições dos outros Poderes, desde que não interfiram nas minhas. Cada um deve cuidar de suas responsabilidades”, afirmou.

Alcolumbre foi eleito presidente do Senado com 73 dos 81 votos possíveis, assumindo o cargo até fevereiro de 2027. Ele retorna à presidência da Casa após ter ocupado o posto entre 2019 e 2021, sucedendo Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que completou dois mandatos consecutivos. A eleição ocorreu sem grandes obstáculos, já que os outros candidatos, Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), obtiveram apenas 8 votos combinados. Outros nomes, como Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), chegaram a discursar na tribuna, mas desistiram da disputa antes da votação.

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