A Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Segundo fontes próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional, a expectativa é que a denúncia seja formalizada ainda em fevereiro de 2025, marcando um novo capítulo nas investigações sobre os eventos de 8 de Janeiro de 2023 e outros atos considerados golpistas.
Com a retomada dos trabalhos no Legislativo e no Judiciário após o recesso de fim de ano, a investigação entra em uma fase decisiva. Até o momento, as conclusões da Polícia Federal (PF) indiciaram 40 pessoas, incluindo Bolsonaro, ex-ministros de seu governo e militares de alta patente, como o general Braga Netto, que ocupou os ministérios da Defesa e da Casa Civil e atualmente está preso. Também foram indiciados Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e o almirante Garnier, ex-comandante da Marinha.
A denúncia da PGR, que será elaborada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve detalhar as acusações e apresentar as provas coletadas pela PF. Uma das possibilidades em discussão é que Gonet opte por "fatiar" as denúncias, dividindo os investigados em grupos distintos. Essa estratégia poderia agilizar o processo, permitindo que o STF avalie e julgue os casos ainda em 2025, evitando que o tema contamine o cenário eleitoral de 2026.
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