A mais recente pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13), traz dados preocupantes para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação negativa de sua gestão atingiu 41%, um aumento de 7 pontos percentuais em relação a dezembro de 2024. Pela primeira vez desde o início da série histórica, a parcela que considera o governo “ruim” ou “péssimo” supera aquela que o avalia como “ótimo” ou “bom”, que caiu para 27%.
A pesquisa mostra que a desaprovação da maneira como Lula está administrando o país chegou a 55%, um aumento de 9 pontos percentuais em comparação com dezembro. A aprovação, por sua vez, caiu de 47% para 40% no mesmo período. Entre os grupos que tradicionalmente formam a base de apoio do petista, a queda foi ainda mais acentuada:
Eleitores de Lula em 2022: Aprovação caiu de 82% para 74%.
Nordestinos: Aprovação reduziu de 66% para 53%.
Pessoas com menor escolaridade: Aprovação diminuiu de 60% para 51%.
Renda familiar de até 1 salário mínimo: Aprovação caiu de 59% para 50%.
Além disso, a confiança no presidente também sofreu um revés significativo. Atualmente, 58% dos brasileiros afirmam não confiar em Lula, enquanto apenas 40% mantêm sua confiança. Entre os nordestinos, a confiança caiu de 64% para 55%, e entre os menos escolarizados, de 59% para 50%.
O levantamento aponta que o desgaste do governo Lula está se ampliando em diversos setores da sociedade. Entre os homens, a aprovação caiu de 47% para 39%, e entre os jovens de 25 a 34 anos, de 47% para 35%. Moradores de cidades com mais de 500 mil habitantes também demonstraram queda acentuada, com a aprovação passando de 47% para 36%.
A pesquisa também revela que a confiança no presidente recuou entre aqueles que se autodeclaram pretos ou pardos, grupo que teve uma redução de 51% para 41% na confiança em Lula. Esses números sugerem que o governo está perdendo apoio até mesmo entre segmentos que historicamente o apoiavam.
A pesquisa foi realizada presencialmente com 2 mil pessoas em 131 municípios, entre os dias 7 e 11 de março, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. O aumento da avaliação negativa ocorre em um momento de desafios econômicos e políticos para o governo, incluindo pressões inflacionárias, dificuldades na retomada do crescimento e críticas à gestão de crises recentes.
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