Em um discurso inflamado, o pastor Silas Malafaia, conhecido por seu alinhamento com a direita bolsonarista, disparou duras críticas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acusando-o de abandonar a imparcialidade judicial e agir como um "ditador". As declarações foram feitas em resposta às recentes movimentações do magistrado, que tem participado de reuniões políticas e visitado o Congresso Nacional em meio a discussões sobre anistia e decisões judiciais polêmicas.
Malafaia citou o professor de Moraes, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, renomado constitucionalista, que teria criticado a chamada "juristocracia", afirmando que "juristocracia não é democracia". O pastor também mencionou o jurista Ives Gandra Martins, outro nome de peso no Direito brasileiro, que classificou a atuação do ministro como um passo rumo a uma "ditadura absoluta".
URGENTE! ALEXANDRE DE MORAES DEIXOU DE SER JUIZ .
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) April 14, 2025
Requer de um magistrado a imparcialidade, discrição, sem querer impor sua opinião ou ponto de vista . Diante da pressão pela anistia , o ditador Alexandre de Moraes intensifica contato com a classe política , indo a jantares ,…
"O que me deixa estarrecido é ver a omissão da grande imprensa, que só repassa a notícia sem criticar essas aberrações", disse Malafaia, em tom de denúncia. "Quando o Judiciário politiza suas decisões, a Justiça sai pela porta dos fundos."
O pastor, que é um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, aproveitou para fazer um contraste entre o que considera a "ação ditatorial" de Moraes e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, insinuando uma conivência entre o STF e o atual Executivo. "Se o Congresso Nacional não enfrentar esse ditador, acabou a democracia no Brasil. Só vai nos restar apelar ao povo e a Deus", concluiu, em tom alarmista.
As declarações de Malafaia reforçam o discurso da ala mais radical da direita bolsonarista, que tem se mobilizado contra o STF e o governo Lula, acusando-os de cercear liberdades e manipular instituições. Enquanto isso, setores mais moderados da oposição buscam distanciamento de retóricas extremadas, temendo um desgaste ainda maior da imagem da oposição.
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