A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pediu a suspensão, por seis meses, do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), após declarações feitas durante sessão da Comissão de Segurança Pública. A acusação é de ofensas à ministra Gleisi Hoffmann (PT), mas aliados e defensores do parlamentar veem no caso um ataque à liberdade de expressão e às prerrogativas parlamentares.
A representação foi assinada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e aponta que Gilvan teria feito "manifestações gravemente ofensivas" e cometido "abuso das prerrogativas parlamentares". O caso foi encaminhado ao Conselho de Ética. Em sua fala, Gilvan relembrou episódios envolvendo Gleisi e citou codinomes que teriam aparecido em planilhas da empreiteira Odebrecht, fazendo menção ao período em que o presidente Lula esteve preso.
Embora suas declarações sejam consideradas duras e tenham incomodado setores do governo, apoiadores argumentam que o deputado atuou dentro do seu direito de fiscalização e crítica, algo garantido pela Constituição. Destacam ainda que o STF já rejeitou denúncias contra a ministra, mas que isso não impede o debate político em ambiente parlamentar.
O episódio reacende a discussão sobre os limites entre o decoro e a liberdade de fala dos parlamentares, e levanta questionamentos sobre o possível uso de sanções disciplinares como forma de silenciar vozes dissonantes no Congresso.
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