A ex-servidora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ligiane Marinho de Ávila, está sendo acusada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) de ter cometido o crime de lavagem de dinheiro em pelo menos 189 ocasiões. Ela é ré desde o último dia 23 de abril, e os crimes teriam sido praticados entre 2017 e o início de 2024.
Segundo a denúncia apresentada pela promotora de Justiça Fernanda Vianna, Ligiane também é acusada de peculato em 27 episódios. O esquema teria desviado R$ 5,3 milhões de recursos públicos destinados a projetos científicos na universidade, valores repassados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Os crimes teriam ocorrido no âmbito do Instituto de Biologia da Unicamp, onde a ex-servidora atuava na gestão de verbas e projetos de pesquisa. O Ministério Público sustenta que ela utilizou uma série de movimentações financeiras para dissimular a origem ilícita dos valores desviados, caracterizando o crime de lavagem de capitais.
A Unicamp informou que colabora com as investigações e reforçou os mecanismos de controle interno desde a descoberta das irregularidades. O caso segue em tramitação na Justiça de Campinas.
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