São Paulo, 16 de maio de 2025 – Enquanto o Brasil discute a qualidade do ensino superior, um debate mais profundo emerge: até que ponto as universidades públicas, mantidas com dinheiro dos contribuintes, têm se transformado em palco de doutrinação política e apologia a ideologias radicais? O recente episódio na USP, onde militantes do Movimento União Conservadora foram agredidos ao defender um projeto contra drogas, reacende a discussão sobre o domínio esquerdista no ambiente acadêmico.
Na última terça-feira (14), jovens da União Conservadora foram hostilizados, xingados e até agredidos fisicamente ao colherem assinaturas para um projeto que propõe exames toxicológicos em estudantes de universidades estaduais. A proposta, que visa combater o uso de drogas e garantir o bom uso do dinheiro público, foi recebida com violência por parte de alunos e ativistas.
Não foi apenas a agressão que chamou a atenção, mas também o cenário registrado em vídeo: paredes pichadas com slogans revolucionários, cartazes glorificando regimes autoritários como Cuba e Venezuela, e mensagens de ódio contra autoridades eleitas e instituições como a Polícia Militar.
As universidades federais e estaduais são financiadas pelos impostos de todos os brasileiros, inclusive daqueles que rejeitam abertamente a militância política radical dentro desses espaços. A pergunta que fica é: por que recursos públicos sustentam ambientes onde o debate democrático é sufocado por uma única visão ideológica?
Dados do Ministério da Educação mostram que, entre 2010 e 2022, mais de 80% dos docentes das humanas em federais se declaravam de esquerda em pesquisas internas. Esse desequilíbrio se reflete na grade curricular, onde disciplinas com viés marxista são maioria, enquanto pensadores conservadores ou liberais são marginalizados.
Não é de hoje que campanhas pró-legalização das drogas, ocupações ilegais de prédios e homenagens a figuras como Che Guevara ocupam as universidades. Enquanto isso, projetos que defendem meritocracia, responsabilidade fiscal ou combate ao vício são recebidos com hostilidade.
O caso da USP não é isolado. Em 2023, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um grupo de alunos que organizava um debate sobre economia de mercado foi impedido de falar por protestos. Na UnB, em 2024, um mural em memória às vítimas do comunismo foi vandalizado horas após sua instalação.
A permissividade com que as reitorias tratam a militância organizada contrasta com a repressão a vozes dissonantes. Enquanto coletivos de esquerda ocupam auditórios e promovem eventos com figuras controversas, grupos conservadores são frequentemente barrados ou precisam de segurança policial para circular no campus.
A União Conservadora, responsável pelo projeto dos exames toxicológicos, afirma que continuará atuando dentro das universidades, apesar da violência. "Não vamos deixar que o monopólio ideológico impeça o debate de ideias", diz Jessé Henrique, um dos jovens agredidos.
Enquanto isso, a pergunta que ecoa entre os contribuintes é: quando as universidades públicas voltarão a ser espaços de pluralismo – e não de propaganda política paga com o dinheiro de quem discorda dela?
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