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Haddad tenta convencer Congresso sobre novas taxações enquanto economia trava

Ministro da Fazenda pressiona por aumento de impostos após recuo no IOF, mas mercado desconfia de metas fiscais do governo Lula

11/06/2025 às 09h30
Por: VV8 REDAÇÃO Fonte: Metrópoles
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Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Em mais uma tentativa de alinhar sua agenda econômica com o Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compareceu à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11/6) para discutir a reformulação do Imposto de Renda e a liberação do consignado com garantia do FGTS. A visita ocorre após uma série de negociações para compensar a queda de arrecadação com a revogação do aumento do IOF, medida que gerou desconfiança no mercado.

Haddad busca aprovar um pacote alternativo que inclui taxar investimentos antes isentos, como LCI e LCA, além de aumentar a alíquota do IR sobre aplicações financeiras e "juros sobre capital próprio" (JCP). O governo alega que essas medidas são necessárias para cumprir as metas fiscais, mas especialistas questionam se os números fecham diante do aumento contínuo de gastos públicos.

Críticas ao aumento de impostos e risco de fuga de capitais

Enquanto o ministro tenta emplacar sua agenda, setores produtivos alertam para o risco de as novas taxações desestimularem investimentos no país. A proposta de elevar a cobrança sobre rendimentos financeiros de 15% para até 20% é vista como um golpe na poupança e nos investimentos de médio e longo prazo. Parlamentares da oposição já sinalizaram resistência, argumentando que o governo Lula prefere aumentar a carga tributária em vez de cortar gastos ineficientes.

"O governo insiste em sufocar quem produz para bancar seus projetos ideológicos. Enquanto o contribuinte é espremido, não se vê um real corte de verdade nos custos do Estado", afirmou um deputado da bancada bolsonarista, sob condição de anonimato.

Meta fiscal sob suspeita e manobras contábeis

Haddad afirmou que as novas medidas garantirão o cumprimento das metas de déficit zero em 2025 e superávit em 2026, mas analistas econômicos duvidam da sustentabilidade do plano. O bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, anunciado em maio, foi considerado insuficiente diante do crescimento descontrolado de despesas em áreas pouco prioritárias. Além disso, a dependência de medidas provisórias e PECs revela a falta de um planejamento sólido.

Enquanto isso, Lula segue pressionando por mais verbas para programas sociais sem uma contrapartida de responsabilidade fiscal. A reunião no Alvorada desta terça (10/6) mostrou que o Planalto prioriza agradar sua base aliada, mesmo que isso signifique adiar ajustes necessários.

Conclusão: mais impostos, menos confiança

O discurso de Haddad na Câmara tenta passar segurança, mas os números contam outra história. Com a economia estagnada e o aumento da carga tributária, o risco de recessão técnica se torna cada vez mais real. Enquanto o governo insiste em soluções de curto prazo, o setor produtivo aguarda sinais claros de que o Brasil não repetirá os erros do passado, quando o excesso de intervenção estatal e gastos desordenados levaram o país ao caos econômico.

A pergunta que fica é: até quando o contribuinte vai bancar os experimentos fiscais de um governo que ainda não demonstrou capacidade de equilibrar as contas sem penalizar quem gera riqueza?

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