A esquerda brasileira voltou a dar palco para discursos radicais na Câmara dos Deputados. Em uma sessão solene organizada por parlamentares do PT nesta quarta-feira (2), o rabino Yisroel Dovid Weiss, conhecido por sua militância contra o Estado de Israel, defendeu publicamente o fim da nação israelense.
Durante o evento, promovido para lembrar os 77 anos da chamada "Nakba" — termo árabe que significa "catástrofe" e usado por grupos palestinos para se referir à criação do Estado de Israel —, Weiss afirmou que o sionismo é a "personificação mais clara do antissemitismo". Ele fez questão de separar o judaísmo do sionismo, condenando a existência do Estado judeu.
“Ser contra o Estado sionista de Israel não é ser contra os judeus. Na verdade, o Estado de Israel é a personificação e a definição mais clara do antissemitismo”, declarou o rabino, que integra o grupo extremista Neturei Karta — uma seita minoritária de judeus que rejeitam o Estado de Israel com base em motivações religiosas.
A sessão foi convocada com apoio de 30 deputados petistas, entre eles o ex-ministro e atual deputado Paulo Pimenta (RS) e o líder do partido, Lindbergh Farias (RJ). Após os discursos, parte dos presentes entoou o slogan extremista “do rio ao mar, Palestina livre já”, que prega abertamente o extermínio do Estado de Israel.
Paulo Pimenta não só apoiou a realização do evento, como também classificou a ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas como “genocídio”. O parlamentar ainda propôs um projeto de lei para instituir o Dia da Amizade Brasil-Palestina, no mesmo país que já oficializou o Dia da Amizade Brasil-Israel, aprovado com apoio do Senado e sancionado sem qualquer veto pelo Congresso.
O presidente Lula, por sua vez, segue alinhado com o discurso anti-Israel. Em maio, o petista retirou o embaixador brasileiro de Tel Aviv, Frederico Meyer, e até o momento não indicou substituto, em mais um gesto simbólico de desprezo à relação diplomática com a única democracia do Oriente Médio.
Vale lembrar que Lula foi declarado “persona non grata” por Israel após fazer uma absurda comparação entre a resposta israelense ao Hamas e o Holocausto nazista. O governo petista continua tratando com hostilidade um país aliado do Ocidente, enquanto suaviza a retórica contra ditaduras como Cuba, Venezuela e Irã.
Esse episódio escancara, mais uma vez, o alinhamento ideológico do PT com movimentos e líderes que atacam democracias ocidentais e dão voz a grupos extremistas sob o pretexto de defender minorias e causas humanitárias.
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