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Estado: o deus que quer ser Deus.

Os negacionistas da soberania divina e os ícones da Esquerda moderna e contemporânea tentam mimetizar e substituir um poder que nunca terão. Mas então? Deseja algo, "soberano"?

04/05/2024 às 14h02 Atualizada em 04/05/2024 às 15h42
Por: Diego Santana Vidal
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  Onipotente, Onisciente e Onipresente. Estes são os atributos incomunicáveis de Deus para com a sua criação, e são exatamente estes atributos que o Direito deixa claro que o Estado atribui a si próprio, mas em outros termos e com artífices para aplicar sua ideia.

Diferentemente do Criador, aquilo que a criação não consegue realizar, a mera tentativa de o fazer é fadada ao fracasso, sem dúvidas ou teorias. Desde a antiguidade, a substituição do divino ao que é terreno é visto aos olhos carnais como sendo o caminho do progresso garantido e o paraíso na terra. O positivismo, o materialismo e o empirismo rígidos suscitam no homem a certeza dos fatos, quando na verdade, tudo não passou de ilusão ou de um mero laboratório de guerra da vida carnal frente ao espiritual.

  Como exemplo, dentre as antigas civilizações o povo israelita era um dos únicos povos (se não o único) puramente teocrático, portanto sem rei ou nem mesmo o gérmen do que poderia ser considerado um Estado. Sua submissão estava exclusivamente atrelada a soberania e a centralidade de Deus como rei, após inúmeras experiência extraordinárias que marcaram comprovadamente a história.

Mas isto mudou, como descrito nas escrituras sagradas, na referência encontrada no segundo livro do profeta Samuel, em seu oitavo capítulo. Nele há a descrição exata do momento da cisão que houve entre o povo e o Senhor. Em resposta a isto, o próprio Deus deixou claro que, se optassem por um rei humano não teriam mais o domínio sobre as riquezas, pois ela seria relativizada. A liberdade de propriedade que tinham seria reduzida e o julgo sobre as famílias seria maior, como que de modo arbitrário, mas permitido ao mesmo tempo por opção do próprio povo.

  Pulando milênios de anos na história, vejamos o caso da Revolução Francesa. O período mais aclamado entre os estudantes de humanas foi o momento do rito definitivo para a rejeição plena não só de Deus, mas também para aqueles que o representassem ou atuassem em seu nome.

O suíço Jean-Jacques Rousseau consolida sua biografia na história ao afirmar contrariamente tudo o que a base judaico-cristã afirma, sendo um tipo de anticristo da política e profeta do deus Estado. Suas palavras são extremamente conhecidas ao afirmar que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, o que é exatamente oposto do que dizem as escrituras sagradas, que deixam claro que o pecado original existe por hereditariedade, a corrupção é do próprio homem. Além disto, junto a outros filósofos, fixou a tese de que a propriedade privada e a prosperidade destruíam o caráter humano através da desigualdade, forçando a crença até os dias de hoje de que o cidadão deve seguir o lema da igualdade. A suposta razão era o pilar da Revolução e fez com que a fé deixasse de existir na Bíblia para que agora a fé fosse exercida nas enciclopédias, em alta produção na época.

  Pouco mais de cento e trinta anos após a Queda da Bastilha, surge na Itália o movimento Fascista, liderado por Benito Mussolini, homem convicto de seus ideias socialistas desde a juventude. Por ironia ou apenas coincidência, o lema do Fascismo em que tudo é “do Estado, pelo Estado e nada fora do Estado”, atravessa frontalmente com o que escreve o Apóstolo Paulo, em sua Carta aos Romanos (“Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas”).

  E para encerrar (mesmo com absurdos faltantes neste texto), nos dias de hoje já entende-se que qualquer forma de encarar as igrejas e suas bases não é de forma evidente, mas sim de maneira ideológica. A mente é a arma maior de qualquer situação e ela deve ser confrontada e manipulada. O Progressismo sabe muito bem disso e soube adentrar na mentalidade dos que se dizem cristãos. A Teologia da Libertação é seu maior trunfo dentro das próprias congregações. A modificação das palavras e a inversão de valores e deveres também profanaram o que é belo e moral.

  Para enterrar de vez, aqui no Brasil, recentemente o governo do presidente Lula decidiu, pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, proibir a atuação da religião para a conversão dentro dos presídios, o que gerou revolta no meio cristão, que é o maior agente ressocializador existente. Fica claro que o religar do homem para com seu criador é exatamente aquilo que a má ideologia não quer, mas para isto, precisa colocar algo ou alguém no devido lugar, a glória deve ser dada a outro.

“Prazer”, este alguém será o Estado, aquele que se apresenta o guardião e o criador dos direitos, quando na verdade ele não tem o poder de criar direitos já existentes por natureza, sendo a vida, a liberdade e a propriedade (esta última que decorrerá das duas primeiras). Ele apenas tenta replicar algo que alguém maior já deu ao homem e à criação. Tenhamos em mente que, diferente de Deus, que não necessita barganhar seu poder e decisões, aquilo que o Estado “dá”, possui poder coercitivo para tirar, e daí surge o perigo, pois é a corrupção da ideia original do que é direito. Você se torna refém do poder estatal pelo tão aclamado Contrato/Pacto Social, onde você entrega parte de sua liberdade individual para que sirva de direito ao Estado e em troca você supostamente recebe de volta os benefícios disto.

 

O Estado nunca foi e nunca será Deus.

Soli Deo Glória!

 

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Diego Santana Vidal
Sobre o blog/coluna
• Graduando em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie;
• Redator na Revista Legal Hackers;
• Ativista Político pelas pautas Liberais e Conservadoras;
• Líder do Conjunto Vencedores em Cristo.

Siga meu Instagram: @dsantanavidal
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